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Domingo, 05 de Maio de 2024
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Ao lado de Lula, Zé do Pátio pode se tornar o nome da esquerda em MT

#opinião - Um potencial para tirar o trono da direita em Mato Grosso e virar a página do bolsonarismo

Jean Borsatti
Por Jean Borsatti
Ao lado de Lula, Zé do Pátio pode se tornar o nome da esquerda em MT
Lula e Pátio durante entrega das chaves das unidades do Residencial Celina Bezerra. (Foto: Wheverton Barros - Gcom)
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O prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (PSB), ganhou destaque na entrega das unidades habitacionais do Residencial Celina Bezerra, nesta sexta-feira (03). Na ocasião foram entregues 1.440 apartamentos do programa "Minha Casa Minha Vida" e anunciados a retomada de outras 1.152 unidades.

Ao lado do presidente, Pátio tirou fotos com beneficiários e ainda discursou durante o evento. Foi durante seu discurso que Lula se emocionou ao saber que a creche construída ao lado do residencial teria o nome de Arthur Lula da Silva, neto do atual chefe da Nação, que morreu em 2019, aos sete anos de idade.

A visita de Lula em Mato Grosso não foi por acaso, essa visita foi fruto de uma bem elaborada articulação, na qual Pátio foi fundamental. Com isso, o prefeito mostrou que está com muito mais moral que grandes caciques políticos de Mato Grosso que também estavam ao lado do presidente no palco do evento.

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José Carlos Junqueira de Araújo foi cogitado a concorrer a vaga de governador com o apoio de Lula e o Partido dos Trabalhadores (PT) em 2022. Por questões políticas decidiu permanecer no cargo de prefeito e lançou a esposa, Dona Neuma (PSB) para deputada federal. Ela ficou de fora pois obteve 44.931 votos, ficando como a 14ª candidata mais votada em Mato Grosso para o cargo.

Apesar de já ter uma vida longa na política, Zé do Pátio é amplamente conhecido na região de Rondonópolis, diferente do restante do estado, incluindo Cuiabá e Várzea Grande que são os maiores colégios eleitorais.

Pátio se candidatou pela primeira vez em 1998 para deputado estadual, na ocasião obteve 9.940 votos. Em 2002, se candidatou novamente, desta vez obtendo 18.457 votos e se elegendo a uma cadeira da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Em 2004, se candidatou pela primeira vez a prefeito de Rondonópolis, ficou em terceiro lugar com 26.133 votos. Já em 2006 foi novamente concorrer a deputado estadual dobrando seus votos para 42.277, sendo o terceiro mais votado.

A expressiva votação, abriu alas para que Pátio pudesse concorrer novamente a prefeitura de Rondonópolis. Em 2008 se candidatou e desta vez foi eleito com mais de 50 por cento dos votos, foram 51.775 rondonopolitanos que votaram.

No final de seu primeiro mandato como prefeito, Pátio foi cassado após o Ministério Público (MP) apontar gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2008. O motivo da representação que levou Pátio a cassação, foi a distribuição de 2,8 mil camisetas para uso no dia das eleições. Para a Justiça, o ato foi considerado demonstração de abuso de poder econômico, o que teria influenciado o resultado da votação.

A cassação somente foi anulada em 2015 pelo ministro Gilmar Mendes, que argumentou que o número de camisetas distribuídas não teriam como impactar no resultado das urnas nas eleições de 2008. Além disso, o valor representava pouco mais de 2 por cento do total de gastos da campanha. 

Com sua imagem manchada por um ato falho que mais tarde seria revertido, Pátio concorreu novamente a deputado estadual em 2014, apesar de ver seus votos derreterem, conseguiu obter 17.431 votos que garantiram sua eleição por quociente. 

Em 2016 conseguiu dar a volta por cima e novamente foi candidato a prefeito por Rondonópolis, conseguiu retomar boa parte do seu capital político e foi eleito com 39.352 votos. Em 2020 se elegeu para seu terceiro mandato de prefeito com 44.605 votos, desde então, vem se destacando em Mato Grosso como um potencial que pode virar uma pedra no sapato dos conservadores que historicamente ganham as eleições no estado.

Com sua imagem atrelada com a do presidente Lula, pode se tornar o candidato ao governo que a esquerda de Mato Grosso sempre mirou. O Partido dos Trabalhadores (PT) de Mato Grosso sempre teve dificuldades para apresentar um nome competitivo ligado a esquerda para concorrer ao governo.

O prefeito de Rondonópolis pode ser esse nome, já que seu alinhamento com as pautas defendidas por Lula e pela esquerda são muito mais claras do que as de outros nomes já escolhidos para o apoio do partido em Mato Grosso.

A proximidade de Pátio com Lula torna isso possível. Se muitos acharam que o presidente seria escrachado ao colocar os pés em Mato Grosso, a visita da sexta-feira a Rondonópolis mostrou o contrário, uma multidão se reuniu para ver Lula discursar.

Vários nomes da política mato-grossense estavam presentes, incluindo o senador Welligton Fagundes (PL), que além de ser do partido de Jair Bolsonaro, também fez campanha contra Lula e sofreu uma longa vaia quando foi apresentado ao público durante o evento. O mesmo ocorreu com o governador Mauro Mendes (União), que em seu discurso defendeu a democracia e a união pelo bem do Brasil e do Mato Grosso. 

José Carlos Junqueira de Araújo é o nome com maior potencial para tirar o trono da direita em Mato Grosso e virar a página do bolsonarismo. 

 

 

 

 

 

 

 

 

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