A situação do Loteamento Residencial Papagaio - Etapa 2, em Sapezal, é um reflexo de um problema recorrente em nosso país: a falta de moradia. O empreendimento, que deveria ser um local de sonhos e expectativas para tantas famílias, se tornou um pesadelo devido ao descaso da construtora responsável pela obra, a Ávida Construtora.
A empresa, que acumulou uma dívida de mais de R$36 milhões, entrou com um pedido de recuperação judicial em março de 2023, deixando os moradores do residencial em uma situação ainda mais preocupante. A população, que ocupou os terrenos onde deveria ser o residencial, já paga parcelas para a construtora há um bom tempo, mas até agora não teve a entrega de suas casas e terrenos.
Elas pagaram, durante anos, as parcelas de seus lotes, confiando na construtora para a realização do sonho da casa própria. Agora, além de não receberem o que foi prometido, correm o risco de perder o que já foi pago e em uma medida desesperada decidiram ocupar o local.
Diante dessa situação, é necessário que se cobre uma solução urgente para esse problema. A construtora não pode simplesmente entrar com um pedido de recuperação judicial e deixar as pessoas sem resposta. É preciso que haja uma negociação entre as partes, a fim de encontrar uma solução que contemple tanto a empresa quanto os moradores do residencial.
Uma das possibilidades seria a retomada da obra por outra construtora, que assumiria o compromisso de entregar as casas para os moradores. Outra alternativa seria a devolução integral do valor pago pelos moradores, devidamente corrigido, para que possam buscar outra forma de adquirir sua casa própria.
Independente da solução escolhida, é importante ressaltar que o direito à moradia é um direito fundamental de todo cidadão e que as autoridades competentes precisam agir de forma rápida e efetiva para garantir que esse direito seja respeitado. Os moradores do Residencial Papagaio não podem ser penalizados por uma situação que não criaram.
É preciso que haja uma mobilização da sociedade, dos movimentos sociais e das autoridades para que se encontre uma solução justa para essa situação. Afinal, não podemos permitir que a falta de moradia continue a ser um problema tão presente em nosso país. A ocupação dos terrenos é apenas uma consequência de um problema muito maior, que precisa ser enfrentado de forma urgente.
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