Na noite de quarta-feira (10), o plenário da Câmara dos Deputados deliberou sobre o destino do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), envolvido no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e suspeito de obstruir as investigações.
O resultado da votação foi a favor da manutenção da prisão, com 277 votos favoráveis, 129 contrários e 28 abstenções, com a presença de 435 parlamentares. A bancada de Mato Grosso dividiu-se, registrando 3 votos a favor e 5 contra a prisão.
Os deputados Emanuelzinho (MDB), Gisela Simona (União Brasil) e Juarez Costa (MDB) posicionaram-se a favor da manutenção da prisão, enquanto o Coronel Assis (União Brasil) e os representantes do PL (Abílio Brunini, Amália Barros, Coronel Fernanda e José Medeiros) votaram contra.
Anteriormente, na tarde do mesmo dia, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara havia aprovado o relatório que endossava a prisão do deputado, com 39 votos a favor, 25 contrários e uma abstenção.
Durante a sessão, o deputado José Medeiros criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), questionando a insuficiência de elementos que fundamentassem a acusação. Ele salientou a necessidade de o Tribunal respeitar os princípios constitucionais.
Medeiros alegou ter analisado minuciosamente todo o material e destacou a falta de elementos probatórios. Concluiu sua intervenção sugerindo que as recentes decisões da Câmara parecem basear-se em uma seleção arbitrária de argumentos, preenchendo lacunas com retórica vazia.
Comentários: