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Segunda-feira, 24 de Marco de 2025

Saúde

Estudo aponta que Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo registram altos índices de exposição a agrotóxicos

Os pesquisadores identificaram que os agrotóxicos pulverizados nas lavouras podem afetar não apenas as espécies-alvo, mas também todo o ecossistema local

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Por Spz Online
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Estudo aponta que Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo registram altos índices de exposição a agrotóxicos
Dados de 2015 indicam que a exposição ambiental per capita em Campos de Júlio foi de 606 litros por habitante; em Sapezal, 364 litros; e em Campo Novo do Parecis, 209 litros. (Foto: Creative Commons)
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Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) entre 2015 e 2019 destacou os impactos da exposição a agrotóxicos nos municípios de Sapezal, Campos de Júlio e Campo Novo do Parecis, na região Oeste de Mato Grosso. As cidades, reconhecidas pelo protagonismo no agronegócio e grandes produtores de soja, milho e girassol, foram analisadas devido aos altos índices de uso de agrotóxicos e sua localização estratégica na bacia hidrográfica do rio Juruena, que integra as bacias dos rios Tapajós e Amazonas.  

Os pesquisadores identificaram que os agrotóxicos pulverizados nas lavouras podem afetar não apenas as espécies-alvo, mas também todo o ecossistema local. Dados de 2015 indicam que a exposição ambiental per capita em Campos de Júlio foi de 606 litros por habitante; em Sapezal, 364 litros; e em Campo Novo do Parecis, 209 litros. Esses índices são significativamente superiores à média estadual, fator que motivou a escolha da região para o estudo.  

A pesquisa contou com coletas de amostras de água (chuva, rios e poços artesianos), ar, alimentos (incluindo vegetais e produtos de origem animal), commodities agrícolas e amostras humanas (sangue e urina). Além disso, foram aplicados questionários para mapear possíveis associações entre condições de saúde da população e a exposição a agrotóxicos. Entre os problemas relatados estão aborto espontâneo, malformações, alergias, doenças respiratórias, ansiedade e depressão.  

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Segundo os autores, em alguns casos de intoxicação, não houve busca por atendimento médico, e em outros, não foram realizadas notificações formais sobre a exposição a agrotóxicos. O estudo também apontou desafios para a notificação desses casos, associados a pressões políticas e econômicas.  

Os resultados foram encaminhados às secretarias de Saúde dos municípios ainda em 2018, como parte de uma iniciativa para divulgar as informações e fomentar discussões sobre o tema. Os pesquisadores destacaram a importância de ampliar o acesso da população ao conhecimento sobre os impactos dos agrotóxicos no ambiente e na saúde humana, considerando a relevância econômica e os desafios políticos da região.

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