A concessão do Título de Cidadão Honorário ao ex-prefeito Valcir Casagrande, aprovada pela Câmara Municipal de Sapezal no último dia 26 de abril, gerou controvérsias. A proposta foi apresentada pelo vereador Márcio Bonifácio (Republicanos) e aprovada por 7 votos a favor e 3 contrários – os vereadores Eliston Guarda (PL), André da ALT (PL) e Professor Leandro (PL) votaram contra a homenagem.
A concessão do título, no entanto, foi questionada após o anúncio por meio de uma Moção de Repúdio protocolada pelo advogado Paulo Marcel Grisoste Santana Barbosa. A moção pede a anulação da homenagem, apontando uma série de acusações graves contra o ex-prefeito, que inclui crimes como homofobia, ameaças, falsificação de documentos públicos, abuso de poder, e o direcionamento de licitações, entre outros. De acordo com a Moção de Repúdio, a concessão do título ignora a gravidade desses comportamentos e transmite à sociedade uma mensagem de tolerância a atitudes prejudiciais.
O advogado, que também foi alvo de ofensas pessoais de Casagrande, destaca em seu documento que o ex-prefeito passou impune durante seu mandato, apesar das diversas denúncias de irregularidades e abusos. A Moção de Repúdio ainda acusa a Câmara Municipal de se manter inerte, ao invés de tomar providências sérias para investigar e punir as atitudes de Casagrande, em um claro desrespeito à população de Sapezal.
Em seu pronunciamento, o advogado reforçou que a concessão do título reflete um apoio implícito a práticas que desrespeitam a dignidade humana e a integridade das instituições democráticas. A Moção de Repúdio está sendo encaminhada a diversas entidades, incluindo o Ministério Público, a OAB, e outros órgãos representativos da sociedade.
Agora, a Câmara Municipal de Sapezal deverá avaliar as repercussões da Moção de Repúdio e a validade da concessão do título, em um momento de intenso debate sobre a postura das autoridades locais diante de acusações de abusos cometidos por figuras públicas.
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