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Sabado, 20 de Abril de 2024
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Cadê a fiscalização que estava aqui?

Plantões da fiscalização foram encerrados e PM não dá conta de atender denuncias. Enquanto isso os 'aglomeradores' se divertem e os gananciosos lucram

Jean Borsatti
Por Jean Borsatti
Cadê a fiscalização que estava aqui?
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Da Redação

Mais um flagrante da falta de respeito e empatia da população em meio a pandemia do novo coronavírus vem ganhando destaque nas redes sociais. Um vídeo supostamente gravado neste final de semana na Zona de Baixo Meretrício (ZBM), conhecido popularmente como Cinzeiro mostra centenas de pessoas aglomeradas em frente aos bares.

O vídeo foi publicado originalmente pela página Adoro Memes, no Facebook e foi utilizada como uma espécie de sátira, já que a página em questão usa do humor em suas publicações. Consultados, dezenas de moradores do bairro Papagaio que fica ao lado da ZBM, confirmaram que as aglomerações são frequentes no local.

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Nas últimas semanas Sapezal vem registrando um preocupante aumento de casos confirmados e de mortes em decorrência da Covid-19, isso pode ter relação com o aumento de registros de aglomerações principalmente em bares e distribuidoras da cidade. Neste domingo (23), mais um estabelecimento comercial foi multado por promover aglomerações.

LEIA MAIS: Distribuidora Gela-Guela é multada em R$ 10 mil por promover aglomeração em Sapezal

O que chama a atenção é o fato de a fiscalização da Prefeitura Municipal de Sapezal não mais estar atuando em regime de plantão no combate a pandemia, coincidência ou não, os trabalhos das equipes de fiscalização foram encerrados dias depois de fiscais denunciarem uma suposta interferência do prefeito Valcir Casagrande (PL) em uma ação de fiscalização em um bar que constantemente registra aglomerações.

Naquela ocasião quando o Sapezal Online questionou os motivos que levaram a suspensão dos plantões da fiscalização municipal no que diz respeito a pandemia, a assessoria de imprensa afirmou que a intenção era repassar o trabalho para a Polícia Militar (PM), já que está seria uma atividade na qual a PM deveria fazer.

Porém o que se viu de lá para cá, foi um aumento ainda mais brusco dos casos de Covid-19, além disso, devido ao pouco efetivo a PM não tem conseguido atender todas as denúncias e também não tem conseguido dispersar a população que se aglomera.

Procurada nesta segunda-feira (24), a Assessoria de Imprensa da Prefeitura afirmou que os fiscais estão trabalhando normalmente em horário de expediente, porém, nos feriados, finais de semana e no período noturno a fiscalização está sendo feita pela PM através do convênio de atividade delegada. "Os fiscais estão trabalhando normalmente em horário de expediente, nos feriados, período noturno quem está realizando a fiscalização é a  policia Militar através do convênio da atividade delegada." Afirmou.

Uma fonte ligada a fiscalização afirmou para nossa equipe que, desde que os plantões foram suspensos não foi emitida nenhuma Ordem de Serviço (OS) relacionada a ações de enfrentamento a pandemia para que dessa forma as equipes pudessem atuar. Disse ainda, que a suspensão dos plantões tem relação com a denúncia publicada pelo Sapezal Online no dia 19 de abril.

Questionada sobre uma possível relação, a Assessoria de Imprensa negou afirmando que não existe nenhuma relação ao caso, já que a opção feita pelo Executivo foi a atividade delegada da PM. "Não, é porque se colocou a atividade delegada (a PM)" Afirmou a nossa equipe.

Com todo esse imbróglio em relação a fiscalização, quem sofre é a população que faz o possível e o impossível para se proteger, mas mesmo assim é colocada em risco por pessoas que pouco se importam com a vida humana e que ainda insistem em participar de festas clandestinas, ou até mesmo promover aglomerações.

O reflexo disso está no aumento de casos de Covid-19 e de mortes relacionadas a doença que a cada dia que passa preocupa ainda mais as autoridades sanitárias, que além de enfrentar a pandemia por meio da ciência, precisam enfrentar o negacionismo promovido por líderes políticos que dão péssimo exemplo para a sociedade, ao promover e participar de aglomerações travestidas de manifestações.

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