O vereador Professor Leandro (PL) afirmou que a construção de um aterro sanitário próprio em Sapezal é economicamente inviável atualmente e que o município paga mais caro pela destinação do lixo devido a um impasse político envolvendo o aterro de Campo Novo do Parecis. As declarações foram feitas em áudio divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira.
Segundo o parlamentar, Sapezal está pagando cerca de R$ 270 por tonelada, além do custo com transporte até Vilhena (RO), onde o lixo está sendo depositado. A distância maior tem gerado impacto financeiro significativo aos cofres públicos.
Leandro explicou que o aterro de Campo Novo do Parecis foi construído com recursos públicos, mas sua gestão é privatizada e possui licença para atender até sete municípios da região. No entanto, segundo ele, uma decisão política tomada por vereadores e lideranças locais teria impedido a entrada de Sapezal e outros municípios, obrigando o envio dos resíduos para Vilhena.
“O curioso é que tanto o aterro sanitário de Vilhena quanto o de Campo Novo são geridos pela mesma empresa, mas só não é levado para Campo Novo devido a esse impasse político”, afirmou.
O vereador disse ainda que já há tratativas para reverter a situação. Ele relatou que a administração municipal estaria conduzindo uma aproximação com Campo Novo do Parecis. A expectativa é que, a partir do próximo ano, o lixo volte a ser destinado ao município vizinho — o que reduziria custos anuais para Sapezal.
“Possivelmente, ano que vem, o lixo será levado para Campo Novo, custando mais barato devido ao fato de ser mais perto e fazendo com que o município economize alguns milhões anuais”, declarou.
Leandro defendeu que a pauta deve permanecer em discussão, mas avaliou que, no cenário atual, a construção de um aterro exclusivo para Sapezal não é viável. Ele argumenta que projetos desse tipo costumam atender consórcios ou regiões inteiras, justamente para diluir custos de implantação e operação.
“Hoje seria inviável economicamente termos um aterro próprio aqui, mas no futuro próximo talvez. É uma política que tem que ser debatida agora para que, lá na frente, tenhamos soluções”, disse.
O vereador também atribuiu os problemas atuais à ausência de planejamento na origem do município.
“Nós enfrentamos esses problemas hoje porque lá atrás isso não foi pensado. Quando a cidade foi planejada, a questão do lixo e do saneamento básico não foi tratada como prioridade”, completou.

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