O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) em Mato Grosso divulgou uma nota de repúdio após a circulação de um áudio em que Valmor Scariote, agricultor e irmão do prefeito de Sapezal, Cláudio Scariote (Republicanos), afirma que “os petistas devem morrer”. O conteúdo foi compartilhado em grupos de WhatsApp e gerou repercussão no município e no estado.
Na nota, o PT classificou as falas como “inaceitáveis em qualquer sociedade civilizada” e destacou que incitar ódio e violência pode ser considerado crime, conforme os artigos 286 e 287 do Código Penal Brasileiro. O partido também argumentou que as declarações representam uma afronta à democracia e ao respeito à pluralidade de ideias.
O documento apresenta ainda dados oficiais para rebater outras afirmações feitas por Scariot no áudio. O partido citou números do IBGE e da ONU, apontando a redução da pobreza e do desemprego no país, e destacou que, nas eleições de 2022, o presidente Lula recebeu mais de 4 mil votos em Sapezal, o que demonstraria a diversidade de posicionamentos políticos na cidade.
Além da crítica ao conteúdo das declarações, a nota informa que o PT acionará sua assessoria jurídica para avaliar medidas legais cabíveis. O texto ressalta ainda que ameaças contra eleitores e comerciantes que apoiam o partido “não podem passar impunes”.
O comunicado conclui reafirmando o compromisso da legenda com o respeito às diferenças e com a convivência democrática, declarando que “democracia se faz com respeito” e que “o ódio não passará”.
Até o momento, Valmor Scariote e a Prefeitura de Sapezal não se manifestaram sobre a repercussão do caso nem sobre a nota emitida pelo PT.

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