O assentamento do Distrito da União do Norte, no município de Peixoto de Azevedo/MT, é o maior da América Latina e comemora seus 30 anos de existência, com aproximadamente 4mil famílias, segundo o Instituto de Reforma Agrária (INCRA).
Ele é maior do que 60 municípios de Mato Grosso, demograficamente. Já deveria ter sido emancipado há muito tempo, luta que persiste até hoje.
Essa "nova Jerusalém", que à época salvou a economia do município, fez cair drasticamente a criminalidade e deu condições dignas de sobrevivência e vivência ao povo que ali se assentou.
Porém, depois de pronto e pujante, o que não falta são pretensos "pais" da criança próspera, embalada, que cresceu e venceu todas as adversidades.
Justiça seja feita, o distrito que inicialmente chamou-se SUCAM, antes de União do Norte, entre ambos apelidos, seu nome, dado pelos milhares de assentados em terras contínuas desapropriadas para ocasião, foi Leonislândia.
Isso porque o então prefeito Leonísio Lemos Melo Júnior liderou um grande movimento, sem precedentes na Região e Brasil afora, que culminou no dia 18 de abril de 1993, junto da Câmara de Vereadores, na oficialização de União do Norte, onde têm uma das mais belas cachoeiras já vistas pelos olhos humanos.
Em mais um ato de reconhecimento do empreendimento encabeçado pelo então prefeito, mais conhecido como Leonísio Lemos, a primeira escola estadual de lá levou o nome do seu pai, avô deste subscritor, também sobrinho de Lemos, Escola Estadual Leonísio Lemos Melo.
Tenho profundo orgulho desta passagem histórica, do que era antes e do quê se tornou depois com a força do povo o maior assentamento da América Latina, Leonislândia/Distrito da União do Norte.
Paulo Lemos é advogado criminalista e de Direito Público e Político.
O texto acima expressa a visão de quem o escreveu, não necessariamente a de nosso portal.
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