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Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

Opinião

O silêncio do todo-poderoso

Por Jean Borsatti

Jean Borsatti
Por Jean Borsatti
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O silêncio do todo-poderoso
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Recentemente, Sapezal vem sendo bombardeada por uma série de denúncias que colocam a honestidade do atual prefeito, Valcir Casagrande (União), em xeque. Logo Casagrande, que sempre fez questão de escancarar de maneira grosseira a sua honestidade, como se isso fosse além de uma obrigação de todo político.

As denúncias contra o prefeito Valcir Casagrande incluem suspeitas de irregularidades em processos de licitação, especialmente em contratos de publicidade e comunicação, onde houve suposto direcionamento para empresas sem licença, usando verbas públicas para fins eleitorais. Também há acusações de contratação inadequada para cargos técnicos e uso de servidores comissionados, quando havia aprovados em concurso aguardando convocação. Além disso, o prefeito é acusado de ter feito propaganda institucional durante o período eleitoral, violando leis que garantem igualdade entre candidatos. 

O que chama a atenção em relação a essas acusações é o silêncio daquele que nunca mediu palavras para se defender ou mesmo atacar aqueles considerados opositores políticos, ou mesmo aqueles que fizessem a menor crítica que fosse à sua gestão. Casagrande sempre se achou o todo-poderoso; desde que foi eleito em 2016, vem colecionando polêmicas, muitas vezes até humilhando qualquer pessoa que ouse enfrentar o seu poderio.

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Recentemente, a Câmara Municipal aprovou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pode levar à cassação de seu mandato, isso se as investigações terminarem a tempo, já que o atual prefeito deixa o cargo no dia 31 de dezembro para dar vez ao seu pupilo, o qual foi eleito nas últimas eleições.

São pelo menos dez denúncias que pesam contra Casagrande. As mais graves são o desvio de recursos na contratação de uma empresa de sonorização para supostamente utilizar durante a campanha eleitoral; outra denúncia é sobre a contratação de uma emissora de TV clandestina, que não possuía as devidas autorizações para seu funcionamento. Mesmo com as irregularidades, a empresa, que desligou o seu sinal após as denúncias, conseguiu fechar contratos que geraram cifras milionárias para seus cofres. Se não bastasse isso, esses recursos também foram supostamente utilizados durante a campanha política.

Para quem conhece a forma Casagrande de se comunicar, sabe que seu silêncio é, no mínimo, estranho. O que nos resta é questionar os motivos deste silêncio: será que Casagrande está com medo das consequências que seus supostos atos ilegais podem tomar perante a Justiça? Ou será que ele está em silêncio por não se preocupar com as acusações?

Acredito que todos aqueles que confiam na honestidade do "todo-poderoso" merecem uma declaração pública a respeito de tais acusações. Seu silêncio é, no mínimo, estranho.

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Jean Borsatti

Jean Borsatti é jornalista, tem 31 anos e é diretor de redação do Spz Online. Trabalha na imprensa desde 2009 e desde 2020 comanda o Spz Online

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