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Segunda-feira, 28 de Abril de 2025

Opinião

Acorda, Claudio!

Não dá para viver eternamente à sombra de Casagrande, até porque essa sombra já se parece com a de um meio-dia solar.

Jean Borsatti
Por Jean Borsatti
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O prefeito Claudio Scariote (Republicanos) já se aproxima do fim dos seus primeiros três meses como "todo poderoso". Diante disso, já é possível começar a entender o que podemos esperar de sua gestão até 2028. A seguir, uma análise do ponto de vista de quem escreve, desses primeiros meses no comando da cidade.

Primeiramente, é importante destacar que Claudio Scariote não é exatamente um novato no governo. Ele ocupa cargos no Executivo desde 2021, quando foi eleito vice-prefeito na chapa do ex-prefeito Valcir Casagrande. Diferente de muitos de seus antecessores, que tiveram posturas meramente decorativas, Scariote manteve um papel ativo na gestão e chegou a assumir o cargo de prefeito em duas ocasiões durante o período em que foi vice.

Apesar disso, sempre foi visto como um político de pouca expressão. Ainda assim, graças à insistência de Casagrande, conseguiu viabilizar sua candidatura. Desde o início, sua vitória era incerta, mas acabou se sagrando vencedor de forma acachapante sobre seus concorrentes. (Aqui daria outro artigo).

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Casagrande blindou Scariote de praticamente todas as críticas feitas por seus adversários, mesmo quando apontavam que o ex-prefeito havia prometido 500 casas e não havia entregue nenhuma. (No fim, foram entregues 19, que serviram como um prêmio de consolação).

Já em seu discurso de posse – sem grandes entusiasmos –, Scariote pregou a união e afirmou que tudo estava indo muito bem. Por isso, anunciou apenas uma mudança no secretariado: a substituição da titular da Secretaria de Família, Assistência Social e Cidadania. (Uma decisão curiosa para alguém que acabara de ser "promovido"). Como primeiro anúncio oficial, declarou a construção de asfalto para os fazendeiros, categoria da qual faz parte.

É claro que asfalto é importante, mas não mais do que a necessidade de moradia e o direito à saúde. Normalmente, espera-se que o primeiro ato de um novo prefeito seja um indicativo de suas prioridades. (Tirem suas conclusões).

De modo geral, Scariote precisa despertar para a realidade. Ainda não está entregando o básico que a população espera, a julgar pelas constantes reclamações sobre os buracos nas ruas, os problemas na coleta de lixo, a situação complicada da saúde e, principalmente, o abandono da Prainha Municipal.

Não dá para viver eternamente à sombra de Casagrande, até porque essa sombra já se parece com a de um meio-dia solar. Está na hora de mostrar a que veio – e a única forma de fazer isso é imprimindo sua própria identidade à Prefeitura de Sapezal.

Cumprir o que prometeu no discurso de posse também seria um bom começo. Responder mais à imprensa, deixar as mágoas de lado, ouvir a população e, de fato, trabalhar. Capacidade ele tem – só falta demonstrar.

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Jean Borsatti

Jean Borsatti é jornalista, tem 31 anos e é diretor de redação do Spz Online. Trabalha na imprensa desde 2009 e desde 2020 comanda o Spz Online

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